3d model photos

Fotografias dos modelos por mim construídos em massa polímera.

Acadoparadoxides sp. (trilobite)

Publicada por Pedro Andrade



As trilobites foram artrópodes característicos do Paleozóico, conhecidos apenas do registo fóssil. O grupo, classificado na classe Trilobita da sub-classe Trilobitomorpha, é exclusivo de ambientes marinhos. Os trilobitas possuíam um exoesqueleto de natureza quitinosa que, na zona dorsal, era impregnado de carbonato de cálcio, o que lhes permitiu deixar abundantes fósseis. O nome (trilobite) é surge da presença de três lobos que podem ser visualizados (na maior parte dos casos) na sua região dorsal (um central e dois laterais). O esqueleto era dividido, longitudinalmente, em três partes: Escudo cefálico, constituía a zona anterior da carapaça do animal, incluía os olhos e peças bucais, mas também boa parte do tubo digestivo do animal, não articulado; Tórax, zona intermédia, articulada, constituída por um número variável (de dois a mais de 20) de segmentos idênticos, e Pigídio, ou escudo caudal, a zona posterior da carapaça, que inclui, em algumas espécies, espinhos e ornamentação variada. O pigídio era, também, uma peça única. Ao longo do crescimento, as trilobites sofriam várias mudas, libertando-se de sucessivos exosqueletos, tal como sucede com muitos artrópodes atuais. Desta forma, um único organismo pode ter dado origem a vários somatofósseis. Em média, as trilobites atingiam entre 3 a 10 cm de comprimento, mas em alguns casos poderiam chegar a cerca de 80 cm de comprimento. As trilobites eram, na sua maioria, animais marinhos bentônicos, que viviam junto do fundo em profundidades variáveis entre os 300 metros e zonas pouco profundas, perto da costa, contudo, havia também formas planctônicas. A sua alimentação poderia ser detritívora, filtradora ou carnívora. Existiram do Câmbrico até ao Pérmico. No Câmbrico ocuparam o topo da cadeia alimentar. O seu sentido da visão era extremamente apurado e foram os primeiros animais a desenvolver olhos complexos. As pistas deixadas pelo deslocamento dos trilobitas sobre o fundo mole, são conhecidas como Cruziana, Rusophycus e Diplichnites, sendo que a primeira foi produzida quando o animal se deslocava mais lentamente, alimentando-se revolvendo o sedimento, a segunda foi gerada pelo repouso temporário deste sobre o fundo marinho e a última em deslocamento mais rápido, sem se arrastar no sedimento, sendo que alguns achados mostram-se juntamente com seus produtores e são muito importantes para a icnologia. As trilobites surgiram no início do Paleozóico, no Período Câmbrico, e desapareceram no fim, no Período Permiano, na extinção permo-triásica. O grupo tem importância estratigráfica como fósseis de idade no Câmbrico.

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