3d model photos

Fotografias dos modelos por mim construídos em massa polímera.

Publicada por Pedro Andrade


A Calamites é um Género extinto de árvore semelhante e aparentada às actuais cavalinhas. Ao contrário do porte herbáceo da cavalinha, as Calamites eram árvores de grande porte crescendo mais de 30 metros.

Eram vulgares no Periódo Carbónico e desenvolviam-se em pântanos e deltas de rios. Os troncos eram distintamente segmentados, à semelhança dos bamboos, e possíam estrias verticais. As folhas tinham forma de agulha. Os ramos das modernas cavalinhas são tipicamente ocas ou contêm vários sacos de ar alongados. As Calamites eram semelhantes, tantos os troncos como os ramos eram ocos formando tubos de madeira. Quando os seus troncos se partiam, muitas vezes os canais eram preenchidos com sedimentos. É por esta razão que a medula aparece tão frequentemente nos fósseis.

A reprodução da Calamites era feita através de esporos, que eram produzidos em pequenos sacos organizados em cones. Possuíam uma grande quantidade de rizomas que permitiam a reprodução assexuada, desenvolvendo cópias da "árvore-mãe" através desses rizomas. Este é o único grupo de árvores do Carbónico que se conhece com esta estratégia de reprodução assexuada. Este tipo de reprodução permitia-lhes a ocupação rápida de novos territórios e ajudava-as a fixar-se firmamente em substrato instável das margens dos rios e próximo de depósitos de sedimentos de um delta. Em muitos casos os rizomas da Calamites eram semelhantes aos ramos embora possuíssem nódulos.

O Género Calamites tem sido colocada na Divisão Equisetophyta (Sphenophyta) e na Família Calamitacea. A sua extição deu-se no final do Pérmico.

Ichthyostega

Publicada por Pedro Andrade




O Ichthyostega surgiu há uns 375 milhões de anos no Devónico Superior da Groenlândia. Foi um dos primeiros vertebrados terrestre conhecido. Pensa-se que se alimentaria de pequenos crustáceos, moluscos, peixes e insectos, vivia em pântanos e em lagos pouco oxigenados.
Possuía membros bem desenvolvidos com 7 dedos nas patas traseiras. Segundo a estrutura anatómica, os membros estávam posicionadas mais para nadar por entre a vegetação aquática dos pântanos onde viviam, do que para andar em terra, o que os tornavam pouco aptos à locomução terrestre. Poderiam ter tido um estilo de vida muito semelhante às atuais salamandras. Os membros do Icthyostega possuíam uma estrutura esquelética que consistia de um osso superior grande e único (chamado de úmero no membro dianteiro e fêmur no posterior) e dois ossos longos na extremidade mais inferior (chamados de rádio e ulna no membro dianteiro; e tíbia e fíbula no membro posterior). Os dedos e "punhos" são formados por um grande número de ossos menores. Este padrãode estrutura óssea é actualmente encontrado em todos os vertebrados terrestres.
Os cientistas descrevem-no como um «peixe com quatro patas» porque tinha a cabeça, o corpo e a cauda de um peixe. As quatro patas indica que caminhava e estava adaptado à vida terrestre, mas é provável que não passasse muito tempo em terra firme. Tinha os movimentos limitados pelas pequenas dimensões e pela rigidez dos membros. As patas poderiam servir principalmente para trepar às plantas dos cursos de água em que vivia.

Bothriolepis canadensis

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O Bothriolepis era um peixe detritivoro que media cerca de 30 cm de comprimento. Existiu há 387-360 milhões de anos (a meio e finais do Devónico). Devido à maioria dos fósseis terem sido encontrados em sedimentos de rios e lagos, presume-se que passaria na maioria do seu tempo em água-doce. Mas provavelmente também entrava em águas salgadas porque alguns exemplares apareceram em linhas costeiras continentais do Devónico. Muitos peleontólogos presumem que o Bothriolepis era anadromo (que se reproduziriam em água-doce e desenvolviam-se até à forma adulta no mar).
O seu corpo assemelhava-se a uma caixa envolta por uma armadura de placas osseas providenciando uma protecção eficaz contra os predadores. A sua cabeça bem protegida está fundida com o tórax. Tinham um par de barbatanas peitorais longas em forma de espinho que se encaixavam perfeitamente no torax quando recolhidas para trás. As barbatanas provavelmente eram usadas para elevar o corpo do fundo e para atirar os sedimentos (areia, lama ou outro material) para cima do corpo para se ocultar. Provavelmente, a sua pesada armadura, permitia-o afundar rapidamente assim que parasse de nadar.


A sua cabeça possuía uma abertura ao longo da linha mediana na face superior para os olhos e narinas, e uma boca na face inferior. Tinha, também uma característica especial no seu crânio, uma parte de um osso abaixo da abertura para os olhos e narinas, que envolvia as cápsulas nasais. Tinha brânquias e um par de bolsas no esófago que se supõem terem sido usados como pulmões. Supõe-se que estes "pulmões" em conjunto com as peitorais rígidas teriam permitido o Bothriolepis arrastar-se por terra.

O Bothriolepis tinha uma cauda que saia da armadura corporal que infelizmente raramente se encontra preservada nos fósseis.

Cooksonia

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As cooksonias estão registadas como as primeiras plantas vasculares terrestres. Cooksonia é um género extinto e os membros mais antigos datam de meados do Silúrico, há cerca de 425 milhões de anos.
Eram plantas com um tamanho muito reduzido, com poucos centímetro de altura, e a sua extrutura era simples. Não possuiam folhas, raizes nem flores. Possuiam um tronco principal que remificava noutros ramos e cada um terminava num esporângio.

A primeira Cooksonia foi descoberta por William Hery Lang em 1937. W. H. Lang deu o nome de Cooksonia em honra da sua colaboradora Isabel Cookson.

Pneumodesmus newmanni

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O Pneumodesmus newmanni é uma espécie de milípede que habitou a Terra há 428 milhões de anos atrás, no final do Silúrico. É o primeiro animal, conhecido, que viveu em terra. O fragmento de fóssil com somente 1 cm de comprimento foi descoberto na cidade de Stonehaven em Aberdeenshire, Escócia, por Mike Newman, um condutor de autocarros e paleontólogo amador.
O fóssil é importante porque na sua cutícula surgem aberturas que se pensa que são espiráculos que ligam a um sistema de respiração que só funciona com ar atmosférico. Este facto faz do Pneumodesmus newmanni o primeiro artrópode com um sistema de traqueias, logo, o primeiro animal terrestre com utilização de oxigénio terrestre para a respiração.
Os icnofósseis de miriápodes são conhecidos antes do Ordoviciano, mas o Pneumodesmus newmanni está datado muito antes dos outros fósseis de milipedes (cerca de 428 milhões de anos). O centípede mais antigo a seguir ao Pneumodesmus newmanni aparece 10 milhões de anos depois, e o primeiro vertebrado conhecido a aventurar-se por terra, (Tiktaalik), é 50 milhões de anos mais novo. Durante o Silúrico, as rochas que fazem actualmente parte da Escócia foram depositadas no continente Laurentia, na parte tropical do hemisfério Sul.

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As plantas hepáticas foram as primeiras plantas multicelulares a conquistar terra firme. Eram plantas de estrutura simples sem vascularização e sem raízes que ainda estavam muito dependentes de terrenos húmidos. Estas primeiras plantas poder-se-iam assemelhar muito às actuais plantas hepáticas do género Marchantia.

Pikaia

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A Pikaia existiu no Câmbrico. É considerado pela maioria dos biólogos como o ancestral comum de todos os actuais vertebrados. Pensa-se que a Pikaia era um cefalocordado. O fóssil foi encontrado no Xisto Burgess. Apresentava uma musculatura disposta longitudinalmente (miómeros) e teria cerca de 5 cm de comprimento. Actualmente o animal mais próximo da Pikaia é o anfioxo.

Anomalocaris canadensis

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Anomalocaris significa "camarão anomalo", pois quando seus primeiros fósseis foram encontrados, em 1892 por Joseph Frederick Whiteaves em Burgess Shale, não apresentava cabeça e possuia umas enormes mandíbulas. Só depois de quase 80 anos é que se descobriu um fóssil completo e se constatou a verdadeira morfologia do animal.

Era um crustáceo marinho predador. O comprimento médio de um Anomalocaris é em torno de 60 cm, porém os especimes maiores poderiam chegar aos 2 metros de comprimento, o que fazia dele o maior animal de sua época.

Anomalocaris era um carnívoro e ocupava o topo da cadeia alimentar. Para apanhar suas presas (a maioria constituída por trilobites) utilizava dois apêndices guarnecidos com extruturas semelhantes a dentes; após capturada a presa era levada até a boca por esses apêndices. A boca era circular e formada por diversas placas afiadas de diferentes tamanhos.

Viveu entre 525 e 510 milhões de anos atrás, no que é atualmente a América do Norte, China e Austrália. Actualmente foram descobertos 3 espécies diferentes de Anomalocaris: Anomalocaris canadensis - Descoberto no Canadá, 13 pares de lóbulos (pleuras) ao longo do corpo,
Anomalocaris saron - Descoberto na China, 11 pares de pleuras, com um par de cercos caudais. e Anomalocaris nathorsti - Posteriormente reclassificada como o gênero distinto Laggania cambria.
Outras duas espécies, cuja a real classificação é posta em dúvida, devido aos fósseis serem apenas de apêndeces fragmentados encontrados em Emu Bay, Austrália, e na Formação Pioche, em Nevada (EUA).

Anomalocaris é descrito como sendo o primeiro grande predador da Terra.


Acadoparadoxides sp. (trilobite)

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As trilobites foram artrópodes característicos do Paleozóico, conhecidos apenas do registo fóssil. O grupo, classificado na classe Trilobita da sub-classe Trilobitomorpha, é exclusivo de ambientes marinhos. Os trilobitas possuíam um exoesqueleto de natureza quitinosa que, na zona dorsal, era impregnado de carbonato de cálcio, o que lhes permitiu deixar abundantes fósseis. O nome (trilobite) é surge da presença de três lobos que podem ser visualizados (na maior parte dos casos) na sua região dorsal (um central e dois laterais). O esqueleto era dividido, longitudinalmente, em três partes: Escudo cefálico, constituía a zona anterior da carapaça do animal, incluía os olhos e peças bucais, mas também boa parte do tubo digestivo do animal, não articulado; Tórax, zona intermédia, articulada, constituída por um número variável (de dois a mais de 20) de segmentos idênticos, e Pigídio, ou escudo caudal, a zona posterior da carapaça, que inclui, em algumas espécies, espinhos e ornamentação variada. O pigídio era, também, uma peça única. Ao longo do crescimento, as trilobites sofriam várias mudas, libertando-se de sucessivos exosqueletos, tal como sucede com muitos artrópodes atuais. Desta forma, um único organismo pode ter dado origem a vários somatofósseis. Em média, as trilobites atingiam entre 3 a 10 cm de comprimento, mas em alguns casos poderiam chegar a cerca de 80 cm de comprimento. As trilobites eram, na sua maioria, animais marinhos bentônicos, que viviam junto do fundo em profundidades variáveis entre os 300 metros e zonas pouco profundas, perto da costa, contudo, havia também formas planctônicas. A sua alimentação poderia ser detritívora, filtradora ou carnívora. Existiram do Câmbrico até ao Pérmico. No Câmbrico ocuparam o topo da cadeia alimentar. O seu sentido da visão era extremamente apurado e foram os primeiros animais a desenvolver olhos complexos. As pistas deixadas pelo deslocamento dos trilobitas sobre o fundo mole, são conhecidas como Cruziana, Rusophycus e Diplichnites, sendo que a primeira foi produzida quando o animal se deslocava mais lentamente, alimentando-se revolvendo o sedimento, a segunda foi gerada pelo repouso temporário deste sobre o fundo marinho e a última em deslocamento mais rápido, sem se arrastar no sedimento, sendo que alguns achados mostram-se juntamente com seus produtores e são muito importantes para a icnologia. As trilobites surgiram no início do Paleozóico, no Período Câmbrico, e desapareceram no fim, no Período Permiano, na extinção permo-triásica. O grupo tem importância estratigráfica como fósseis de idade no Câmbrico.

Charniodiscus sp.

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Charniodiscus era um ser do Proterozóico que provavelmente era filtrador e vivia fixo ao solo marinho. Este ser possuía um disco aderente, um pé e um corpo. O disco era em forma de bolbo e o pé era flexível. O corpo era segmentado e pontiagudo na extremidade.O Charniodiscus lembra as actuais penas-marinhas (cnidaria), mas provavelmente não pertencia ao grupo dos animais.Foi descoberto pela primeira vez na Charnwood Forest em Inglaterra, tendo sido classificada por Trevor D. Ford in 1958.Os fósseis de Charniodiscus aparecem por todo o globo e datam de 565 a 555 milhões de anos atrás.As várias espécies distinguem-se pelo número de segmentos.

Tapetes microbianos

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Os tapetes microbianos são assim denominados devido a formarem camadas de bactérias sobre o substrato. Assinalam a primeira transição da água para terra.Os tapetes microbianos têm sido descritos como comunidades bentónicas estratificadas que se desenvolvem na linha entre a água e os substratos terrestres. Necessitam de um estrato onde se possam estabelecer, já que constituem-se pela aglomeração de microorganismos e sedimentos minerais.Frequentemente, os tapetes microbianos, são estruturas laminadas. O tipo de laminação está controlada por factores como a luz, temperatura, salinidade, oxigénio e a presença de sulfatos. Estas laminações apresentam colorações muito variadas devido ao desenvolvimento de bactérias fotossintéticas que contêm diversos pigmentos, e por tanto, vários padrões para diferentes comprimentos de onda existentes.Apesar dos tapetes terem sido muito abundantes na época, o desenvolvimento de organismos herbívoros no Câmbrico reduziu fortemente o seu número e abundância, sendo que estas comunidades estão actualmente limitadas a refúgios inóspitos, onde os predadores não sobrevivem tempo suficiente para as consumir.

Dictyota dichotoma

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Alga castanha iridiscente que possui um talo muito fino com ramificação regularmente dicotómica. Pode atingir 30 cm, mas habitualmente não ultrapassa os 15 cm de altura. As pontas dos talos são, muitas vezes, bifidas. Tanto os talos como o resto da sua estrutura possui somente uma camada de células. Amplamente distribuída no Atlântico e Mediterrâneo. Muito abundante no litoral açoriano

Bangiomorpha pubescens

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A Bangiomorpha pubescens é o mais antigo fóssil identificado até hoje como alga vermelha e será o primeiro organismo verdadeiramente eucariota. Actualmente está colocada numa classificação específica. O seu fóssil é identificado como uma alga multicelular proveniente da região ártica do Canadá e que data de 1200 milhões de anos atrás.A sua estrutura é muito semelhante à moderna alga vermelha do género Bangia.É também o organismo mais antigo com reprodução sexuada.

Gripania spiralis

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A Grypania spiralis é um fóssil em forma de espiral do Precâmbrico. Está espécie, provavelmente, foi uma bactéria gigante ou uma colónia de bactérias, mas devido ao seu tamanho (mais de 1 cm) e a sua forma peculiar, é mais provável que tenha sido uma alga eucariota. O fóssil mais antigo de Grypania data cerca de 2.100 milhões de anos. É um dos mais raros fósseis do Planeta. A descoberta desta espécie nos anos 80, provocou uma grande excitação no mundo da paleontologia, devido ao facto destes organismos serem 1 milhão de anos mais velhos do que o primeiro exemplar de organismo eucariota. Esta singular ocorrência anómala do mais recente eucariota continua, ainda hoje, a confundir os paleontólogos.Esta espécie tinha reprodução assexuada.

Célula eucariota primitiva

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Célula caracterizada por possuir um núcleo individualizado, delimitado por uma membrana nuclear que encerra o material genético. As células eucarióticas têm uma organização estrutural bastante mais complexa que as células procariotas. As modernas células eucariotas presentam um conjunto de organelos celulares, possuindo um complexo sistema membranar interno (retículo endoplasmático, mitocôndrias, aparelho de Golgi, cloroplastos, etc.) Encontram-se representadas em quase todos os grupos de seres vivos, desde as formas de vida mais complexas a seres unicelulares. As células vegetais e as células animais, dois tipos de células eucarióticas, distinguem-se com base na presença ou ausência de certos organelos. A parede celular, os plastos e os vacúolos, por exemplo, são organelos que se encontram nas células vegetais, mas estão ausentes nas células animais. Os centríolos surgem apenas nas células animais.No entanto as primeiras células eucariotas eram mais simples e pensa-se que apresentavam simplesmente uma membrana celular, um núcleo que protegia o ADN,mitocondrias, e outros organelos simples.


As cianobactérias são organismos aquáticos unicelulares, procariontes e fotossintéticos. O seu nome deriva da cor azul que possuem quando em condições óptimas, mas geralmente apresentam uma coloração verde-oliva a verde-azulada.A grande maioria possui uma substância gelatinosa incolor que cobre totalmente ou parcialmente o indivíduo. A sua reprodução é feita sempre por bipartição e por vezes, devido à sua rápida multiplicação, pode causar problemas no ambiente onde vivem. A maioria das espécies são encontradas em água doce, mas algumas são marinhas ou podem ocorrer em solo húmido. Outras espécies são endossimbiontes em líquenes ou em vários protistas e corais, fornecendo energia aos seus hospedeiros.As cianobactérias foram durante muito tempo classificadas como algas, quer da divisão Cyanophyta, quer da classe Cyanophyceae (por isso o termo cianofíceas é ainda utilizado, embora o termo cianobactérias esteja a ganhar terreno) e estudadas pelos botânicos. Atualmente sabe-se que estes organismos não têm relação filogenética com qualquer dos grupos de algas, a não ser como prováveis antepassados dos cloroplastos e estão classificados num filo dentro do domínio Bacteria.O registo fóssil das cianobactérias indica que estes seres fotossintéticos apareceram no éon geológico Arqueano e muito provávelmente foram responsáveis pelo aparecimento do oxigénio na atmosfera terrestre - o que parece ter acontecido há cerca de 2,5 biliões de anos, iniciando a origem da vida eucarionte e dando lugar ao que se chama actualmente o éon Proterozóico, que significa aproximadamente dos “animais primitivos”.

Protocélula (célula procariota primitiva)

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As protocélulas, também chamadas de células procarióticas, são muito diferentes das eucarioticas. São as primeiros e as mais simples formas de vida que há registo. A sua principal característica é a ausência de membrana nuclear individualizando o núcleo celular, pela ausência de alguns organelos e pelo pequeno tamanho que se acredita que se deve ao fato de não possuírem compartimentos membranosos originados por evaginação ou invaginação. Também possuem ADN na forma de um anel associado a proteínas básicas e não a histonas (como acontece nas células eucarióticas, nas quais o ADN se dispõe em filamentos espiralados e associados a histonas.)Estas células são desprovidas de mitocôndrias, plastídeos, complexo de Golgi, retículo endoplasmático e sobretudo de membrana nuclear o que faz com que o ADN fique disperso no citoplasma.A este grupo pertencem seres unicelulares ou coloniais.

Eublepharis macularius (Osga-leopardo)

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A Osga-leopardo (Eublepharis macularius) é um réptil nocturno, pertencente à família Gekkonidae, onde se incluem as conhecidas osgas. Habita os desertos do Paquistão, Afeganistão e India. Durante o dia abriga-se debaixo de pedras e tocas para escapar ao calor.Os adultos podem chegar a um comprimento de 22 cm. A cor de um exemplar selvagem pode ir de um creme a amarelo com manchas pretas que fazem lembrar o padrão de um leopardo.Esta espécie pertence a uma subfamília Eublepharinae que possui como característica a presença de pálpebras móveis. Devido à pouca abundância de alimento, está espécie, pode acumular reservas de gordura na cauda para ser utilizado nas épocas de escassez.À semelhança dos osgas em geral, quando perturbada, pode soltar a cauda.Os machos são extremamente territoriais e bastante agressivos para com os outros machos. As fêmeas depositam um ou dois ovos em tocas escavadas por elas. O sexo do embrião é determinado pela temperatura de incubação. Os ovos eclodem em 6 ou 12 semanas consoante a temperatura. Ao nascer as crias não apresentam o padrão dos adultos, nascem com bandas pretas e amarelas transversais e só mais tarde é que se vai diferenciando em pontos e pequenas manchas dispersas pelo corpo.Alimentam-se de grilos, gafanhotos e outros pequenos insectos. Os adultos poderão comer roedores recém-nascidos quando os encontram.

Heterocephalus glaber

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O Rato-toupeiro-nú (Heterocephalus glaber) é um roedor escavador nativo da Somália, Etiópia central e Quénia, estendendo-se ao sul até o Parque Nacional de Tsavo Ocidental e a cidade de Voi. Destaca-se pelo seu estilo de vida altamente social hierárquico e por ter um metabolismo próximo do de um animal de sangue frio.O seu tamanho varia entre os 8 e os 10 cm e pesa cerca de 30 a 35 g. Os seu olhos são vestigiais e as pernas curtas permitem-lhes andar pelos túneis rapidamente, tanto para a frente como para trás. Os seus dentes compridos são usados para escavar e os seus lábios fecham por trás dos dentes enquanto escavam.Têm uma complexa vida social, à semelhança das formigas e abelhas, na qual só uma fêmea (rainha) e 1 ou 3 machos se reproduzem, enquanto que o resto dos membros da colónia funcionam como obreiros.Os ratos toupeiros nús alimentam-se principalmente de grandes tubérculos que encontram enquanto aumentam os seus túneis. Um só tubérculo pode providenciar à colónia alimento para meses ou até anos pois somente se alimentam do interior, deixando a parte externa, permitindo assim que se regenere. Também se alimentam das suas próprias fezes.

Nautilus belauensis

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O Nautilus belauensis pertence à Classe Cephalopoda que inclui os polvos, lulas e chocos e insere-se na família Nautilidae compreendendo, actualmente, dois Géneros: Allonautilus e Nautilus. Os Nautilus são considerados "fósseis vivos" pois não sofreram alterações relativas ao longo de milhares de anos.
Os Nautilus são em certa medida semelhantes aos outros cefalopódes, têm uma cabeça proeminete e tentáculos. Os tentáculos encontram-se dispostos em circulo mas ao contrário dos outros cefalópodes não possuem ventosas, são indiferenciados e retrácteis.
A concha é a única estrutura óssea do Nautilus. Esta é internamente dividida em câmaras e cada câmara comunica com a seguinte por meio de um ducto. A flutuação é regulada por um gás que o Nautilus faz circular pelas câmaras. O conjunto das câmaras forma uma espiral logarítmica.
O Nautilus é um predador e alimenta-se principalmente de camarões, outros crustáceos e pequenos peixes.
O Nautilus belauensis é nativo da águas que circundam as ilhas do Pacífico da Républica de Palau. É o segundo maior espécie de Nautilus depois do Nautilus pompilius pompilius.

Chinchilla lanigera

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As Chinchilas pertencem à classe Mammalia e Família Chunchillidae. Chinchilla lanigera, conhecida em inglês por long-tailed chinchilla, é uma das duas espécies de roedores do género Chinchilla. O que mais caracteriza este animal é a sua pelagem densa, que chega a ter 75 pêlos por cada poro da pele, as suas grande orelhas arredondadas, cauda longa e tufosa e longas vibrissas.
Os recém-nascidos surgem já com pelagem, dentes, olhos abertos e são capazes de seguir a mãe passada uma hora após o nascimento podendo ingerir alimentos sólidos com uma semana de idade.
A maturidade sexual, nos dois sexos, ocorre aos 8 meses, podendo, no entanto, ocorrer aos 5,5 meses. A esperança de vida máxima registada em estado selvagem é de 6 anos embora em cativeiro geralmente cheguem aos 15 ou 20 anos.
Vivem em habitats rochosos ou arenosos com alguns esparsos troncos de arbustos, algumas herbáceas, bromeliáceas e cactos.
A sua dieta baseia-se em 24 espécies de plantas, maioritariamente gramíneas.
As populações selvagens são encontradas no Chile e vivem em colónias de cerca de 100 indivíduos podendo, no entanto, chegar aos 500.